Maracatu Nação
Maracatu é uma manifestação cultural da música
folclórica pernambucana afro-brasileira. É formada por uma percussão que
acompanha um cortejo a instituição que compreendia um setor administrativo e
outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada
foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para
homenagear a coroação do rei Congo.
O livro de César Guerra-Peixe chamado "Maracatus
do Recife" publicado em 1955 diz que "A mais antiga notícia certa do
nosso conhecimento é a do padre Lino do Monte Carmelo Luna, que aponta o
maracatu em 1867, segundo uma transcrição de René Ribeiro".
Este maracatu mais tradicional é chamado de Baque Virado
porque este termo é sinônimo de um dos "toques" característicos do
cortejo.
Os Maracatus de Baque Virado sempre começam em ritmo compassado,
que depois se acelera, embora jamais alcance um andamento muito rápido. Antes
de se ouvir a corneta ou o clarim, que precedem o estandarte da Nação, é a
zoada do "baque" que anuncia, ao longe, a chegada do Maracatu.
O maracatu se distingue das outras danças dramáticas e das
danças negras em geral pela sua coreografia. Há uma presença forte de uma
origem mística na maneira com que se dança o Maracatu, que lembra as danças
do Candomblé. Balizas e Caboclos dançam todo o cortejo. Baianas e Damas do
Paço têm coreografias especiais. Todos os outros se movimentam mais
discretamente.
Caboclos e Guias fazem muitas acrobacias, que parecem com os
passos dos frevos de carnavalescos. Mário de Andrade descreve a
dança das yabás (baianas):
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