Orquestra de frevo nas ruas do Centro Histórico de
Olinda.
De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e
saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. Basta dizer
que O teu cabelo não nega, de 1932, considerada a composição que
fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é uma adaptação do
compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos
pernambucanos Irmãos Valença.
A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo
Pernambucano (Luperce Miranda/Oswaldo Santiago) lançada por Francisco
Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamos se Acaba,
de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a
classificação de frevo.
Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha
nortista", saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson
Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.
Ases da era de ouro do rádio como Almirante (numa
adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar,
de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu
Lencinho, Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com
Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro
Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é
Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio Lá, Não Faltava
Mais Nada, Feitiço), Camélia Alves (É de Maroca) incorporaram
frevos a seus repertórios.
Em 1950, inspirados na energia do frevo pernambucano, a
bordo de uma pequena fubica, dedilhando um cepo de madeira eletrificado, os
músicos Dodô & Osmar fincavam as bases do trio
elétrico baiano que se tornaria conhecido em todo o país a partir
de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno em
seu Atrás do Trio Elétrico.
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